quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Cidade em Compartimentos

A idéia de cidade maquina, de uma cidade onde contêineres podem ser inseridos e retirados conforme necessários, já vem sido demonstrada por algumas pessoas, como  projeto do Plug-in-city, o grupo Archigram e muitos outros.
Todo esse pensamento sobre uma cidade com edifícios plugáveis, nos passa a ideia de uma cidade conectável que se adaptasse a uma cidade em continua transformação.
Mas a questão da errância das cidades, a importância que esses projetos deram às estruturas de suporte, e a despreocupação com a transitoriedade dos compartimentos, fez com que maioria desse tipo de projeto falhasse.
As megaestruturas apontam a uma certa homogeneidade e desenho único, que não confere quanto a temporariedade de seus compartimentos, por exemplo a megaestrutura permaneceria por quarenta anos enquanto um estacionamento pra carros vinte, e um dormitório de cinco a oito anos.
Seriam então esses compartimentos menores os elementos temporais. Enquanto a grande estrutura é permanente, as unidades são transitórias, elas são aplicadas e retiradas de acordo com as necessidades de momento. Mas o Geam ( Groupe d’ étide architecture mobile) fundado por Yona Friedman, que criticava a fragilidade das megaestruturas por ignorar o passado e as preexistências, e então acabar com a factualidade e a variabilidade desejável de uma cidade, criou um “Programa para uma construção móvel”. Esse programa trazia a idéia de que as construções deviam ser variáveis e renováveis, ele dizia que as unidades criadas teriam que ser variáveis e intercambiáveis, ela poderiam mudar de função e lugar ao decorrer do tempo.
 A proposta desse grupo era desenvolvimento de elementos construtivos variáveis e intercambiais, como por exemplo paredes, piso e teto moveis, para que não fosse preciso demolir e descartar todo o investimento feito neles depois de um certo período de tempo.

Bibliografia
BOGÉA, Marta. Cidade Errante: Arquitetura em Movimento. São Paulo: Senac, 2009

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